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Para falar do filme: ensaio sobre o ideal
formal-metodológico da mostra A História
da Filosofia em mais 40 filmes
Resumo: Partindo da mostra A História da Filosofia em mais 40
filmes, que durante 40 sábados consecutivos, no Teatro Nelson Rodrigues, no Rio
de Janeiro, exibia um filme seguido de
sua crítica pelos professores Patrick Pessoa e Alexandre Costa, este trabalho pretende falar sobre o critério da
crítica de arte (cinematográfica) entendida
como interpretação filosófica. Para isso, mobilizaremos os escritos de
Walter Benjamin e Theodor W. Adorno, bem
como do crítico brasileiro Ismail Xavier com o intuito de discutir o ideal
formal-metodológico da mostra.
Palavras-chave: Estética. Crítica de arte. Theodor Adorno.
Área: Filosofia Contemporânea
A influência da teoria do Sublime de Edmund Burke sobre a
noção lovecraftiana de horror cósmico
Resumo: Em seu ensaio, O horror sobrenatural em
literatura, H. P. Lovecraft procura justificar esteticamente a ficção de
horror, defendendo que o medo é uma emoção legítima a ser produzida pelas
artes. No entanto, as teses lovecraftianas são muito semelhantes às teses
apresentadas por Edmund Burke em sua obra Uma investigação filosófica
sobre a origem de nossas idéias do sublime e do belo. Meu objetivo é,
portanto, explicitar a influência das teses de Burke sobre o pensamento de
Lovecraft.
Palavras-chave: Sublime. Horror. Burke.
Área: Filosofia Moderna
A noção de sujeito na lírica e na tragédia grega antiga e o
nascimento da filosofia
Resumo: Historicizamos a noção de subjetividade na lírica e na
tragédia com o intuito de mostrar que a noção ético-política de “governo de si
mesmo” que Sócrates traz para a filosofia foi o ponto culminante daquela noção
de subjetividade supracitada que caracterizará toda a filosofia antiga e,
ademais, que é impossível, hoje ainda, fazer filosofia sem tal noção.
Palavras-chave: Filosofia antiga. Sujeito. Auto-domínio.
Área: Filosofia Antiga
A Filosofia da Slavoj Zizek e a Crítica Contemporânea da
Ideologia
Resumo: A partir de elementos centrais desenvolvidos até os dias de
hoje sobre o que chamamos ideologia, tentaremos esboçar um panorama geral a
cerca desta como categoria da filosofia contemporânea a partir da contribuição
do psicanalista e filósofo esloveno Slavoj Zizek, procurando demonstrar – a
partir de seu célebre artigo Como Marx Inventou o sintoma?, que praticamente
funda as bases de seu pensamento atual – de que forma se dá sua contribuição
para a discussão contemporânea a cerca da Crítica ideológica.
Palavras-chave: Ideologia. Zizek.
Área: Filosofia Contemporânea
Quando curtir é fazer
Resumo: É curioso notar que esse trabalho se intitula filosófico, mas nele não se criam ou se debatem as fundamentações daquilo que é eterno ou imutável; pelo contrário (mas não menos interessante) falaremos aqui do uso mais genérico da linguagem que ocorre nas redes sociais por meio de compartilhamentos de fotos e de status, “likes”, comentários e tantas outras modalidades que constituem a trivialidade da vida contemporânea. Como objetivo, estudaremos as diferentes formas que os canais de comunicação podem adquirir, comprovando que, no âmbito pragmático de análise, a linguagem se mostra infinitamente plástica, variando de acordo com as novas circunstâncias e plataformas de comunicação que o avanço tecnológico nos apresenta. Para isso, estabeleceremos correlações com os trabalhos de John L. Austin e noções centrais de seu pensamento.
Palavras-chave: Experiência. Contexto. Reprodução.
Área: Filosofia Contemporânea
Poesia e Filosofia: um divórcio mal resolvido
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar as
reflexões sobre a cultura popular brasileira em seu diálogo com a Filosofia.
Neste momento, iremos expor uma proposta de correlação entre a obra Morte e
Vida Severina (1956) do nordestino João Cabral de Melo Neto e os conceitos de
"Sim à Vida" e "Vida como Obra de Arte" do filósofo alemão
Friedrich Nietzsche. Onde entenderemos que esses pensadores conseguem fazer uma
relação muito forte entre poesia e filosofia, na qual um acaba invadindo a área
de atuação do outro, em virtude da similaridade de seus estilos e modo de ver o
mundo.
Palavras-chave: Poesia. Filosofia. Vida.
Área: Filosofia Moderna; Filosofia Contemporânea
Tomás de Aquino e o problema da intencionalidade dos
conceitos
Resumo: Estados mentais podem ser entendidos segundo dois modos de
classificação: a realidade a qual eles se reportam são as coisas que existem no
mundo extramental; (ii) a realidade a qual se reportam são entidades
denominadas ‘conceitos’. A tensão entre os intérpretes de Tomás ocorre quando o
autor não deixa claro a qual dos dois modos ele recorre para explicar a
cognição intelectiva no homem. Os inferencialistas defenderão que os conceitos
esgotam a cognição intelectiva uma vez que o acesso ao mundo extramental está
garantido por inferência. Já os realistas diretos defenderão que os conceitos
não esgotam a cognição intelectiva porque o objeto de cognição do homem não são
entidades abstratas, sendo a mediação questionável por contribuir para a
multiplicação de entidades. O propósito deste trabalho, portanto, é investigar
os subsídios que cada linha interpretativa mobiliza tendo em vista sustentar
sua tese.
Palavras-chave: Conceitos. Realismo direto. Inferencialismo.
Área: Filosofia Medieval
Internalismo e a relatividade das razões para agir
Resumo: O que faz com que seja racional com que tomemos
determinadas atitudes ao invés de outras? Ou, mais especificamente, qual a
relação entre racionalidade prática e desejos? Em 1979, Bernard Williams
publicou um pequeno artigo (“Internal and External Reasons”) defendendo que aquilo que é racional que nós
façamos está sempre em certa relação com os desejos que possuímos. Desde então,
essa reformulação de um antigo problema tem aguçado a imaginação dos filósofos
e a discussão tornou-se um tema de intenso debate na teoria da ação e na
metaética contemporâneas. Meu propósito com este texto é (i) apresentar de modo
sucinto a posição de Williams, (ii) retomar a crítica que Michael Smith faz da
conclusão relativa que Williams tira de sua tese e (iii) argumentar (contra
Smith) pela possibilidade de que razões para agir sejam relativas ao agente.
Palavras-chave: Ética. Metaética. Racionalidade prática.
Área: Filosofia Contemporânea
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